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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

"China 2.0" ajuda a promover laços sino-brasileiros

A China já disse adeus à era que se pode chamar de versão "1.0", caracterizada pela mão de obra de custo reduzido, e entrou na etapa "2.0", movida pela demanda doméstica e reestruturação econômica, e essa transição pode promover as relações com o Brasil.
Esse ponto de vista é de Marcos Troyjo, que explicou os detalhes da sua teoria em uma entrevista exclusiva concedida recentemente à Xinhua no Rio de Janeiro.
Segundo o acadêmico brasileiro de 46 anos, o modelo de desenvolvimento da China desde 1978 pode ser visto como versão "1.0". Na época, o país asiático não parava de atrair investimento estrangeiro e fazia tudo para a economia crescer graças aos custos de mão de obra e impostos bem reduzidos. Resultado: o país virou a "fábrica do mundo".
Aos olhos de Troyjo, a China de hoje está passando pelo período de transição e modernização das indústrias, batendo assim à porta da "era 2.0". Segundo ele, o governo chinês está tentando reduzir a dependência da exportação e investimento, estimular a demanda e o consumo domésticos e aumentar o valor agregado de seus produtos.
Na época "China 1.0", o Brasil conseguiu, mediante a cooperação com o gigante asiático, os recursos financeiros necessários para o desenvolvimento da sua infraestrutura e achou um comprador para suas commodities, como soja e minério de ferro. A China tem sido, nos últimos cinco anos, o principal parceiro comercial do Brasil, com o volume bilateral total chegando a US$ 90,3 bilhões no ano passado e um superavit de US$ 8,7 bilhões a favor do Brasil.
"Agora com a 'China 2.0', existem preocupações com o Brasil na troca comercial com este país asiático, e há quem acha que a China de hoje fechará as portas para as commodities. Porém, não se verá isso. Uma China mais rica terá, ao contrário, maior demanda pela proteína e comidas como carne bovina, suco de laranja e outros produtos agrícolas, que poderão beneficiar a exportação brasileira", analisou.
Troyjo disse que é o próprio Brasil que toma iniciativa a respeito das relações com a China, e portanto tem que agir mais ativamente. "É necessária uma reestruturação interna no Brasil utilizando o superavit ganho no comércio com a China, para manter a competitividade e a influência", sugeriu. 
Fonte: Embaixada da Rep.Popular da China no Brasil
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