Sobretudo, a cooperação econômica e comercial bilateral entra em uma nova etapa.
Brasil é a primeira escala da viagem de Xi pela América Latina e a visita dele coincidente com o 40º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. No dia 17 deste mês, os dois países publicaram uma declaração conjunta prometendo aprofundar sua parceria estratégica abrangente, indicando que a China retiraria o embargo à carne bovina do Brasil. Segundo a imprensa brasileira, o ministro da Agricultura Neri Geller estimou que o país exportará para a China até US$ 1 bilhão do produto em 2015.
Quanto à construção de ferrovias, a declaração conjunta indica que os dois lados encorajam a participação de empresas chinesas na licitação de projetos ferroviários brasileiros. Além disso, no mesmo dia, China, Peru e Brasil emitiram uma declaração conjunta sobre a cooperação em uma via férrea que enlaça a costa pacífica peruana com a atlântica brasileira.
Durante a visita de Xi, os dois lados assinaram 56 documentos de cooperação, incluindo um memorando de entendimento para fortalecer a cooperação no transporte ferroviário entre a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, o mais alto órgão de planejamento econômico do país, e o Ministério dos Transportes do Brasil.
Os trens chineses já estrearam no Brasil durante a Copa do Mundo, como um cartão do transporte ferroviário chinês. Trens EMU e de metrô fabricados na China pela Empresa de Veículos Ferroviários de Changchun CNR representavam 80% da capacidade de transporte ferroviário no Rio de Janeiro durante o evento.
Além de carne e ferrovia, a visita de Xi trouxe outro grande assunto para a cooperação comercial, o de aviões. Conforme os acordos fechados durante a visita, a Tianjin Airlines e a ICBC Leasing compraram 40 e 20 aviões E190 da Embraer, respectivamente.
A China tem sido a maior parceira comercial do Brasil durante cinco anos consecutivos. No ano passado, o comércio bilateral ultrapassou US$ 90 bilhões e o Brasil tornou-se o nono maior parceiro comercial da China. Mas o Brasil vem esperando exportar mais produtos de alto valor agregado à China, além dos produtos agrícolas e minerais.
No discurso no Congresso Nacional, Xi usou a palavra "de céu a mar" para descrever a diversidade das áreas da cooperação pragmática bilateral. Na área econômica e comercial, a visita já extendeu a cooperação com "carne", "ferrovia" e "avião", para que entre assim em uma nova etapa.
Fonte: Agência Xinhua
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