Segundo um conselheiro do governo local, o ajuste financeiro deve ser
uma prioridade na agenda de reforma da Zona de Livre Comércio (ZLC)
piloto de Shanghai, que agora precisa de um maior grau de abertura ao
exterior para pôr fim às irregularidades ocorridas no mercado.
"Mais para frente, a ZLC deve desenvolver mais produtos para
permitir o investidor estrangeiro fazer investimento utilizando a moeda
chinesa no exterior", analisou.
Por enquanto, a ZLC já expandiu o uso transfronteiriço do RMB
(moeda chinesa) no pagamento, gerenciamento de dinheiro e financiamento.
A Bolsa de Ouro de Shanghai, maior plataforma de transação do metal do
mundo, lançou um painel internacional de ouro facilitando o fechamento
de contratos denominados em RMB por parte dos investidores estrangeiros.
No primeiro semestre deste ano, negócios internacionais
avaliados em 826,8 bilhões de yuans (US$ 134,6 bilhões) foram fechados
com RMB, 169% a mais que no segundo semestre do ano passado. Foram
autorizadas, no mesmo período, cotas totais no valor de US$ 283,3
bilhões para as instituições estrangeiras lançar investimento no mercado
chinês de capital usando RMB no exterior. São dados publicados na
segunda-feira pela Associação Financeira de Shanghai.
Depois do lançamento oficial da zona piloto de Shanghai, um ano
atrás, alguns outros governos locais no país submeteram propostas
tentando criar zonas semelhantes, mas muito poucos receberam autorização
explícita do governo central. Economistas e funcionários públicos
envolvidos na criação da zona piloto em Shanghai advertiram que o
projeto não é de jeito nenhum mais uma zona econômica com políticas
preferenciais, mas sim um lugar utilizado para fazer testes de
"estresse" para as políticas liberais, a fim de verificar seu impacto
sobre a economia nacional em geral.
Fonte: CRIOnline
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