A meio caminho entre a capital Pequim e Xian, a cidade dos famosos guerreiros de terracota, a pequena Pingyao acaba sendo ofuscada pelas mega atrações tanto de uma quanto de outra.
A cidadezinha de cerca de 40 mil habitantes tem a mais bem conservada muralha de toda a China, do século 14, e é um dos poucos lugares onde ainda hoje é possível voltar no tempo e ver de perto como eram as cidades chinesas no auge dos já longínquos tempos imperiais.
Pingyao floresceu durante o reinado da dinastia Ming, a partir da segunda metade do século 14, quando era um importante entreposto comercial. Lá foi criado o primeiro banco e o primeiro sistema de cheques do país (um curioso museu conta essa história). Mas no século 20 a cidade adormeceu, e permaneceu intacta. As suas ruas de terra continuam lá. As suas fachadas de pedra gasta também. As centenas de lanterninhas vermelhas continuam iluminado as ruas e pátios. E os moradores locais ainda jogam mahjong no meio da rua, completamente alheios ao trânsito.
Declarada patrimônio da humanidade pela Unesco em 1997, Pingyao tem templos confucionistas, alguns museus interessantes e mansões seculares bem preservadas abertas ao público, além da própria muralha e de uma linda torre no coração da cidadela (um tíquete único custa 120 yuans, cerca de 12 euros, vale por dois dias e para a maioria das atrações). É recheada de lojinhas fofíssimas, que vendem de sapatilhas bordadas a posters, livros, fotografias antigas e um doce louco e bem feito com zilhares de fios prensados de açúcar. Pode ser totalmente percorrida a pé ou de bicicleta. E fica ainda mais mágica no amanhecer, antes dos forasteiros acordarem, quando os moradores locais têm, pelo menos por algumas poucas horas, as ruelas só para eles. E montam feiras, vendem legumes, se exercitam em longas caminhadas pelas ruas…
ANOTE AÍ: A melhor maneira de ir de Pequim ou Xian até Pingyao é de trem. Acontece que muitas vezes ele está lotado, então é preciso acionar um plano B. De e para Xian há ótimos ônibus executivos com ar-condicionado (a viagem dura cinco horas e agências de viagens, albergues e hotéis vendem os bilhetes). De Pequim o melhor é pegar o novíssimo trem expresso de alta velocidade até a cidade vizinha de Taiyuan (três horas) e, de lá, um ônibus local para acabar de chegar (uma hora).
Consulte a CHINATUR para roteiros e atrações na antiga Pingyao
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