A caligrafia ocupa uma posição de destaque, pois ela não é só um meio de comunicação, mas também uma forma de expressão artística, uma passagem natural para a pintura tradicional chinesa. Enquanto a pintura ocidental preenche todo o espaço da tela com sobreposições de cores, a pintura tradicional chinesa utiliza a tinta espessa ou aguada para produzir diversas tonalidades e nuances de cor. Além disso, ela deixa espaços "em branco" (não preenchidos). Há quem diga esses espaços se destinam a ser preenchidos com as sensações causadas por quem admira a pintura tradicional chinesa.
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É nesses espaços, também, que você vê o "carimbo vermelho" que frequentemente aparece nas pinturas chinesas, elas são caracteres chineses impressos por um sinete.
Os sinetes são geralmente esculpidos em jade, marfim, pedras, porcelana ou algum outro material. Um ou mais sinetes são colocados sobre uma pasta de cinábrio e então aplicadas com pressão no local apropriado da pintura para reproduzir os ideogramas. Existem dois tipos de sinete: um leva o nome pessoal, o outro contém ideogramas que refletem uma inspiração ou a filosofia do pintor.
Cada elemento traz em si um conjunto de informações e sensações únicas. Um tipo de flor, além de suas próprias características, também diz algo sobre a época do ano, o local onde desabrocha, os pássaros que ali habitam, os insetos...
Há um grupo de elementos na pintura tradicional chinesa muito famoso chamado "os quatros cavalheiros", que são o bambu, a orquídea selvagem, a flor de ameixeira e o crisântemo. Geralmente, eles são os primeiros elementos utilizados na aprendizagem da pintura tradicional chinesa.
A pintura tradicional chinesa está repleta de sentimentos subjetivos como o espírito natural, literário e artístico, enquanto na pintura tradicional ocidental, por vezes, percebemos algo mais centrado na aparência.
Fonte: Revista do Instituto Confúcio
www.chinatur.com.br
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