A lenda
Kuan Yin, Guan Yin ou Guānyīn (觀音) é considerada pelos chineses como a deusa da misericórdia. Eles acreditam que ela era originalmente do sexo masculino até a primeira parte do século XII e evoluiu desde aquela época de seu protótipo, Avalokiteshvara, “o senhor misericordioso da iluminação total”, um bodhisattva indiano que escolheu permanecer na terra para trazer alívio para o sofrimento.
Uma das várias histórias em torno de Guan Yin é que era uma budista que, através de grande amor e sacrifício durante a vida, tinha ganhado o direito de entrar no nirvana após a morte. No entanto, como Avlokiteshvara, enquanto estava diante das portas do Paraíso, ela ouviu um grito de angústia da terra abaixo. Voltando à Terra, renunciou a sua recompensa de bem-aventurança eterna, mas em seu lugar encontrou imortalidade nos corações do sofrimento.
Na China, ela tem muitos nomes e também é conhecida como “grande misericórdia, grande piedade, salvação da miséria, salvação da aflição, auto-existente, mil braços e mil olhos” etc. Além disso, ela é muitas vezes referida como a Deusa dos O Mar do Sul – ou Arquipélago Indiano. Em sua forma feminina, Kuan Yin está associada às características femininas da maternidade e proteção, mas na China e em vários países asiáticos de influência chinesa ela está ligada há séculos, e de modo bastante forte, à misericórdia e ao perdão.
Também encontramos a explicação que ‘Quan Yin’ é uma forma abreviada de um nome que significa ‘aquele que vê e ouve o clamor do mundo humano’. E seu nome para o chinês significa: “Ela que sempre observa ou presta atenção aos sons”, que podemos entender como: ela que ouve orações.
Seu principal templo fica na ilha de Putuoshan, no arquipélago de Chusan, na costa de Zhejiang, perto de Ningbo (não muito longe de Shanghai). É um importante local de peregrinação sagrado para os budistas, sendo a adoração de Quan Yin o seu traço mais proeminente devido ao fato dela ter residido lá por nove anos, reinando como a Rainha dos Mares do Sul. Miao Feng Shan (Monte do Pico Maravilhoso) atrai um grande número de peregrinos, que usam chocalhos e fogos de artifício para enfatizar suas orações e atrair sua atenção.
Nenhuma outra figura nos templos chineses, aparece com tanta variedade de imagens, das quais se diz que existem milhares de diferentes encarnações ou manifestações. Mas uma das imagens mais comuns de Quan Yin é de uma mulher descalça e graciosa vestida de belas e brancas vestes flutuantes, com um capuz branco na cabeça e carregando um pequeno vaso de orvalho sagrado.
“Esta Deusa enquanto viveu, percorreu o mundo, viu muita dor e então, jurou proteger e amparar todos os humanos até que o último sofrimento acabe. A MESTRA KUAN YIN TORNOU-SE A INCORPORAÇÃO DA COMPAIXÃO. Ela nos diz que se você cantar seu mantra diariamente, cultivará a compaixão que curará o mundo das mais dolorosas feridas.”
Fonte: China Minha Vida
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