Despreocupados com o desfecho da crise política no país, representantes do governo chinês mantiveram posição e se preparam para lançar um fundo de investimento de US$ 20 bilhões em parceria com o governo brasileiro.
Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, a iniciativa é pioneira. "O fundo terá gestão compartilhada, diferentemente da maioria dos fundos chineses de investimento", diz Arbache. "A China só tem 15 fundos desse tipo."
Pelo estatuto, o conselho gestor terá seis membros — metade da China e outra metade do Brasil, entre eles Eduardo Guardia (secretário-executivo da Fazenda) e Adalberto de Vasconcelos (secretário do Programa de Parceria em Investimentos). Pelo lado chinês, uma dos assentos ficará com o China Development Bank, o BNDES daquele país.
"Cada lado tem poder de veto, o que permite barrar projetos que só atendam interesses chineses no país", afirma Arbache.
Inicialmente, caberá à China investir 75% dos recursos (US$ 15 bilhões). Os 25% restantes (US$ 5 bilhões) sairão do Tesouro Nacional.
O interesse dos chineses se descolou do cenário político brasileiro porque eles estão preocupados em garantir a logística de exportação de insumos do Brasil para a China, principalmente grãos (soja) e minérios, pelo norte do país, especialmente pelo porto de Itaqui (MA).
Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.
Fonte: Notícias agrícolas
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