Beijing, 18 abr -- É tranquilizante para o mundo que a economia da China conseguiu manter seu crescimento estável e continuará a servir como um estabilizador importante do crescimento global.
O sinal mais recente é que a segunda maior economia do mundo se expandiu 6,4% no primeiro trimestre de 2019, a mesma leitura que o quarto trimestre de 2018, ecoando as projeções otimistas anunciadas anteriormente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O FMI rebaixou a previsão de crescimento global para 2019 em 0,2 ponto percentual na semana passada, mas revisou sua projeção relacionada à China para 6,3%, alta de 0,1 ponto percentual ante sua estimativa anterior em janeiro.
De acordo com Changyong Rhee, diretor do Departamento do FMI para Ásia e Pacífico, a China deverá responder por mais de 30% do crescimento global este ano.
A previsão do FMI é baseada nos esforços bem-sucedidos da China para fomentar novas forças motrizes da economia, que podem ser melhor entendidas com uma análise mais detalhada dos últimos dados.
Uma produção industrial relativamente fraca no primeiro bimestre provocou preocupações com uma perda de dinâmica. No entanto, o setor manufatureiro resistiu à tendência de desaceleração em março. A produção industrial do país em março teve um recorde desde julho de 2014.
Como o principal motor do crescimento econômico da China, o consumo também melhorou sua dinâmica de crescimento em comparação com o período de janeiro e fevereiro, contribuindo com 65,1% do crescimento econômico do primeiro trimestre. As vendas varejistas e consumo online nas áreas rurais foram robustos. Com as medidas de reduções de impostos entrando em vigor nos próximos meses, um maior potencial do consumo será liberado.
Os cortes fiscais também darão um impulso extra a empresas privadas e menores, junto com outras medidas como o corte das taxas de previdência social pagas pelas companhias, que foram anunciadas durante a sessão anual do mais alto órgão legislativo da China deste ano.
Embora seja tentador liberar um mar de estímulos e alcançar um crescimento econômico atraente, medidas como cortes de impostos e reduções de taxas fornecerão uma dinâmica de recuperação mais saudável e mais sustentável.
Já que o governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento econômico de 6% a 6,5% para o ano inteiro, não é realístico esperar uma recuperação acentuada da economia chinesa no curto prazo.
Em vez disso, uma estrutura econômica aprimorada gerará um crescimento mais estável no contexto de uma desaceleração mundial. O mundo pode ficar aliviado que a China está no caminho certo.
Fonte: Agência Xinhua
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