Mesmo que não seja tão famosa quanto Shanghai e Beijing, viajantes mais atentos já ouviram falar de Shenzhen. Na tentativa de alcançar seu lugar no mundo, a cidade tem sido cenário para grandes eventos, incluindo importantes torneios esportivos e encontros comerciais – muita gente vai parar lá por causa deles.
Por ser um dos pilares da economia da China, passar pela cidade já é uma boa ideia em qualquer contexto. Mas a escolha fica ainda mais simples quando o viajante descobre que Shenzhen é vizinha de muro de Hong Kong. As duas cidades são ligadas por metrô.
Devolvida pelo Reino Unido à China em 1997, Hong Kong permanecerá, até 2047, com o status de Região Autônoma da China. Isso significa que HK tem leis só dela e moeda própria. Também tem controle de fronteiras. Ou seja, mesmo que ambas sejam China, há imigração quando você passa de um lado para o outro.
Hong Kong |
O trem de alta velocidade para a China continental antes de partir de Hong Kong. |
Isso também afeta a vida de quem viaja de trem pelo país. Até setembro de 2018 não existam ferrovias que fizessem a ligação entre China continental e Hong Kong. Era preciso comprar passagens para ou de Shenzhen. De lá você pegava o metrô até a fronteira, passava pela imigração e embarcava novamente no metrô, já do outro lado. Agora, o governo chinês inaugurou uma gigantesca estação de trens de alta velocidade no coração de HK. Uma obra que promete facilitar o deslocamento, embora a imigração ainda esteja presente.
Mesmo assim, quem desembarca em Hong Kong, mas quer conhecer Guilin e Yangshuo e suas montanhas calcárias, pode ainda ter que passar por Shenzhen para pegar um trem que saia de lá. Se esse trem sair muito cedo, um pernoite em Shenzhen é automaticamente obrigatório – e um convite para conhecer também essa metrópole.
Guilin
Beijing (3n) – Xian (2n) – Guilin (2n) – Shanghai (2n)
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Yangshuo |
Beijing (3n) – Xian (2n) – Shanghai (2n) – Guilin (2n)
Como se deslocar entre Hong Kong e Shenzhen
De metrô normal
Da região de Kowloon, onde ficam muitos dos hotéis de HK, até Lo Wu Station, o principal ponto de imigração para pedestres, você vai gastar 1h10 no metrô. Ir de táxi pode ser caro e complicado. Já do lado chinês o metrô também é amplo e os táxis são mais baratos.
Além de Lo Wu, que funciona de 06:30 até meia-noite, outro ponto muito usado por turistas para cruzar a fronteira é Lok Ma Chau / Huanggang, justamente por conta da proximidade com hotéis.
E vale lembrar que Hong Kong dispensa o visto para brasileiros por até 90 dias, mas a China continental não. Você também vai precisar preencher um formulário, caso esteja cruzando essa fronteira pela primeira vez. E, claro, as moedas das duas cidades são diferentes. Para pegar o metrô ou um táxi você vai precisar trocar alguma quantidade de dinheiro ou sacar num caixa eletrônico.
ShenzhenNo novo trem de alta velocidade
O novo trem-bala liga Hong Kong a Beijing em apenas nove horas. Já a ligação com Shenzhen é feita em pouco mais de 20 minutos. A passagem para a cidade vizinha custa em torno de 11 dólares americanos (90 dólares de Hong Kong), o que é bem mais caro que o metrô, mas também não chega a assustar.
Os trens partem da estação Hong Kong West Kowloon, que fica em Tsim Sha Tsui e pertinho do Kowloon Park – esse é o coração turístico de Hong Kong e o endereço de muitos dos hotéis da cidade. São quatro trens a cada hora para Futian e Shenzhen North, já do outro lado da fronteira.
Hong Kong West Kowloon Station
Os trens viajam a uma velocidade que vai dos 200 km/h e pode alcançar mais de 300 km/h. É certamente o jeito mais prático de se deslocar entre as cidades. Para viajantes que não tem problemas com orçamento,o custo/benefício vale a pena. E isso sem falar que viajar num trem de alta velocidade já é uma atração turística pro si só.
Fonte: 360meridianos
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