Quem quer construir negócios globais não pode ignorar a China.
Um vasto mercado doméstico, trabalhadores qualificados e um ecossistema de manufatura da próxima geração resulta em inovação.
Com uma área de 9.536.499 km², distribuída em 22 províncias, 5 regiões autônomas, 2 regiões administrativas especiais e 4 municipalidades, a República Popular da China possui mais de 1,4 bilhão de habitantes, o equivalente a 20% da população mundial.
O governo atua de maneira estratégica para posicionar a China na liderança em tecnologia de ponta até 2030, especialmente em Inteligência Artificial. Além disso, o recente anúncio de uma eventual proibição de motores a gasolina poderia ajudar a garantir uma vantagem a longo prazo no mercado global de veículos elétricos.
Quem quer construir negócios globais não pode ignorar a China. A China, hoje, respira inovação. E o que vem a partir daí é um lampejo do futuro, das possibilidades que podemos tatear.
4 dos principais polos de inovação do país e como esses hubs estão escrevendo a história de uma China do futuro e talhada na tecnologia.
Shenzhen
Shenzhen é considerada fábrica de hardware do mundo. A região Pearl River Delta, onde está inserida por exemplo, tem um ecossistema de fabricação de classe mundial para componentes eletrônicos, com a infraestrutura física, logística e recursos de fabricação necessários. Ter um ecossistema de manufatura confere vários benefícios.
Um protótipo que leva duas semanas para se desenvolver no Vale do Silício pode ser criado durante a noite em Shenzhen. Economias de escala na fabricação de componentes proporcionam às empresas chinesas uma vantagem de custo de 50 a 60%, ao mesmo tempo em que garantem a qualidade.
Essa é Shenzhen, também a maior produtora de celulares do mundo. Em 2016, a cidade foi responsável por produzir cerca de 1 bilhão de smartphones. Esse número é ainda mais assustador quando colocado em perspectiva: no mundo todo, são produzidos em média 1,8 bilhão.
Beijing
Beijing (3n) – Xian (2n) – Guilin (2n) – Hangzhou (2n) – Suzhou (1n) – Shanghai (2n)
A capital Beijing (ou Pequim) pode ser também considerada a capital das startups, principalmente pela abundância de capital disponível e pelo baixo custo de vida para empreendedores. É um ecossistema maduro e completo, que converge governo, mundo acadêmico e empresas de tecnologia.
O governo chinês colabora com treinamento da força de trabalho, alocação de capital para pesquisa e desenvolvimento de universidades e centros focados em tecnologia, além de proporcionar infraestrutura de qualidade e incentivos fiscais para esses tipos de negócio.
56% dos unicórnios da China estão localizados na cidade e entre as estrelas de tecnologia que nasceram por lá estão: Lenovo, Tencent, Alibaba, Xiaomi, Meituan-Dianping, Didi-Kuaidi e Baidu. Peking, Tsinghua, Chinese Academy of Science (CAS) e Renmin University são algumas das melhores e mais prestigiosas universidades da China e que também merecem destaque por aqui.
A comunidade de Zhongguancun tornou-se um dos principais destinos para os talentos não só́ da China, mas também de todo o mundo.
Comunidade de Zhongguancun
Shanghai
Beijing (3n) – Luoyang (3n) – Xian (2n) – Guilin (2n) – Hangzhou (2n) – Suzhou (1n) –
Shanghai (2n)
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Shanghai é, sem dúvidas, a capital financeira e o berço das fintechs da China Continental. Com a maior bolsa de valores do país, a Shanghai Stock Exchange, estima-se que mais de 10 empresas chinesas de tecnologia irão abrir o processo de IPO nos próximos anos e apenas essas terão um valor de mercado combinado de mais de US$ 500 bilhões.
As indústrias que hoje impulsionam a economia de Shanghai são as de finanças e logística. Os aeroportos são os mais movimentados do mundo e o porto da cidade é o que transporta mais containers em todo o mundo. Algumas das melhores universidades do país estão em Shanghai: Fudan University, Shanghai Jiao Tong University, e East China University of Science and Technology.
Shanghai possui diversas aceleradoras e incubadoras apoiadas por fundos do governo. Milhões de startups estão transformando os planos governamentais em ação. Recentemente, aceleradoras e incubadoras privadas começaram a também surgir na cidade. Na China, o capital privado segue o capital do governo.
Hangzhou
Beijing (3n) – Hangzhou (2n) – Shanghai (2n)
Com uma vasta capacidade de fabricação de alta tecnologia, Hangzhou tornou-se um dos maiores centros de inovação em Inteligência Artificial e robótica do mundo. A avançada malha de manufatura de Hangzhou, localizada no leste da cidade, se expande por mais de 500 quilômetros quadrados e pega o rio Qiantang e os distritos de Jianggan, Binjiang, Xiaoshan, Yuhang e Fuyang.
Hangzhou já é um centro de tecnologia de informação de ponta e de veículos autônomos e elétricos, mas agora o governo começa a expandir essa oferta para Realidade Virtual, voos espaciais, blockchain e tecnologia quântica. A cidade possui dezenas de parques industriais especializados em alta tecnologia, como a Zona de Alta Tecnologia de Hangzhou, o Centro Industrial de Dajiangdong, a Zona de Desenvolvimento Econômico de Hangzhou e a Zona de Desenvolvimento Econômico de Xiaoshan.
A cidade, que é sede da Alibaba, da Universidade de Zhejiang, e da Future Sci-Tech City, atraiu empresas de e-commerce (mais de um terço de todos os e-commerce chineses estão baseados em Hangzhou) e de Internet das Coisas (IoT) de todo o mundo para criar uma economia dinâmica e inovadora.
A taxa de crescimento no número de startups em Hangzhou cresceu mais do que em qualquer outro lugar da China, atingindo 107%. A taxa de crescimento em quantidade de capital levantado por startups também cresceu mais do que qualquer cidade da China, atingindo 160%. Além disso, Hangzhou é a terceira cidade da China com o maior número de unicórnios (16 – atrás apenas de Beijing e Shanghai e na frente de Shenzhen).
Fonte: startse.com/noticia/ecossistema/china
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