São mais de 1.200 vinícolas em Mendoza, a capital dos vinhos da Argentina. Há opções sofisticadas, artesanais, orgânicas, históricas, industriais, modernas… E eleger o melhor roteiro para explorar todo o potencial das bodegas é uma missão quase impossível.
Vinícolas:
– El Enemigo
Jornais argentinos anunciam: o enólogo Alejandro Vigil é o “Messi dos vinhos”. E não bastasse o talento premiado internacionalmente, Vigil é campeão na arte de vencer medos – considerado por ele seus maiores inimigos. Em sua vinícola Casa El Enemigo, ele recriou a Divina Comédia, de Dante Alighieri: a bodega foi batizada de Los Valentes; a plantação, Nuestros Viñedos; e o restaurante, Los Glotones. E como na obra-prima de Dante, o passeio pela vinícola e pelas adegas de conservação do vinho são um convite a atravessar os reinos além-túmulo, começando pelo inferno, depois o purgatório e, finalmente, o paraíso.
O resultado de tanta criatividade, ousadia e esmero está nas inúmeras premiações dos títulos El Enemigo pelo mundo afora. Mas esse sucesso já era mais que esperado! Vigil é, há 15 anos, o enólogo da gigante vinícola Catena Zapata e a nova bodega é fruto da sua parceria com Adrianna Catena, filha de Nicolás Catena e herdeira do grande império vitivinícola.
– Chandon
Era uma vez um monge beneditino chamado Dom Pierre Pérignon, que nos idos de 1650, assumiu a função de tesoureiro da Abadia de Hautvillers, na França, com a missão principal de equilibrar as finanças da instituição. De olho no alto consumo de vinhos nas igrejas francesas, Dom Pérignon teve a ideia de recuperar as adegas, depósitos e prensas de Hautvillers que estavam em ruínas. Enquanto trabalhava pesado nas construções e replantava os vinhedos, um antigo costume da época – o de tapar as garrafas de vinho com pequenos pedaços de madeira envoltos em estopa embebida de óleo – começou a incomodá-lo.
E essa história linda continua viva na Maison Möet & Chandon, fundada em 1743 na França, que homenageia Dom Pérignon com um dos rótulos mais caros da casa. Na década de 1970, a Möet & Chandon amplia seus territórios na América do Sul e cria a Bodega Chandon em Mendoza, capital do vinho na Argentina. Hoje, a Chandon é parte obrigatória de quem busca luxo e sofisticação em sua viagem por aqui.
E depois de passear pela vinícola e conhecer toda a história dos vinhos e espumantes produzidos ali, é hora do deleite… Degustar as melhores bebidas Chandon, harmonizadas com uma rica mescla da culinária francesa e argentina. Imperdível!
– Finca Decero
Mesa posta com taças a perder de vista, talheres de prata, guardanapos de linho branco, flores… Diante dos nossos olhos, logo ali na sacada, 210 hectares de uvas plantadas e os picos nevados da Cordilheira dos Andes. O cenário parece de contos de fadas e cada detalhe na Finca Decero impressiona pelo luxo, sofisticação e exclusividade.
Uma das vinícolas mais famosas de Mendoza, a Finca Decero recebe os visitantes com uma proposta elegante. Primeiro, um passeio por entre barris de carvalho francês, tonéis de fermentação da uva e adegas para conhecer a história dessa bodega que começou, literalmente, do zero (daí o nome “Decero”). Uma terra antes árida e desértica foi transformada, videira por videira, em um fértil vinhedo de onde brotam 300 litros de vinho por ano.
– Trapiche
Bem-vindos a 1912! O imenso edifício em estilo florentino abriga, nos arredores de Mendoza, máquinas a vapor para o manejo das uvas recém-colhidas, tanques de cimento para a fermentação do vinho, pisos de tacos de ipê cobertos com areia por onde se rolavam os barris de carvalho cheios de bebidas e pontos de parada de trens nos quais toda a produção era embarcada para o comércio na Argentina e pelo mundo afora.
Mais de um século se passa, somos transportados aos dias atuais e o encanto da Bodega Trapiche é exatamente o mesmo! No prédio completamente restaurado, a Trapiche mescla tradições às tecnologias de vanguarda na produção de 5 milhões de litros de vinho por ano. E, com foco absoluto na qualidade, chega ao topo do ranking de exportações na Argentina distribuindo suas bebidas a mais de 90 países do mundo.
– Bodega López
Cada herdeiro da família López ganha de presente, ao nascer, 500 garrafas do célebre vinho Montchenot. A coleção descansa por pelo menos 18 anos, quando enfim o agraciado atinge a maioridade e pode escolher a melhor ocasião para apreciar o presente. Esse tesouro fica armazenado nas adegas da Bodega López, em Mendoza, em tonéis de carvalho e depois em garrafas que garantem qualidade e elegância aos vinhos. Mas essa dedicação primorosa não é exclusiva ao clã dos López. Toda a gigantesca produção de uma das maiores vinícolas da Argentina é tratada com o mesmo esmero.
As primeiras uvas foram cultivadas pela humanidade no Oriente Médio, há mais de 8.000 anos. Com o passar do tempo, as videiras se espalharam pela Europa e Américas até chegar a Mendoza
nos idos de 1850. Hoje, elas são a vida e excelência da cidade que
se transformou em capital do vinho na Argentina.
Fonte: portaldeinverno.com.br/mendoza-rota-do-vinho
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