Para Xi, que também embarca numa série de visitas de Estado a países latino-americanos, incluindo o Brasil, a Argentina, Venezuela e Cuba, a viagem oferece uma oportunidade única para fortalecer os laços econômicos com essa região rica em recursos. E é fácil ver por que: em 2013, só o comércio entre o Brasil e a China correspondeu a 83,3 bilhões de dólares.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, tanto em termos de importações como de exportações. No ano passado, 41,2% de todas as exportações brasileiras foram para a China, enquanto 34,2% dos bens importados pelo Brasil partiram da China.
O chefe de Estado chinês está interessado em aprofundar a relação bilateral durante sua viagem ao Brasil, assinando uma série de acordos comerciais. Na última quinta-feira, o ministro brasileiro da Indústria, Fernando da Mata Pimentel, anunciou que a China compraria aviões da multinacional brasileira Embraer, terceira maior fabricante de aviões do mundo.
Ao mesmo tempo, o Brasil também está ansioso para atrair investimentos chineses, em particular para sua rede ferroviária pouco desenvolvida. O quinto maior país do mundo tem cerca de 27.882 quilômetros de ferrovias – número pálido diante dos 224.792 quilômetros dos EUA ou com os 103.144 quilômetros da China.
Fonte: (João Castro Neves, diretor para a América Latina do Eurasia Group)
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