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terça-feira, 9 de março de 2021

Confucionismo: O pensamento que mudou a China


O Confucionismo, sem dúvidas, tem sido uma das maiores forças influenciadoras dentro da civilização chinesa há milênios. As ideias propagadas pelo seu fundador, Confúcio, transformaram hábitos culturais e seus valores éticos, com especial ênfase na importância da educação. Essas mudanças comportamentais são apontadas por alguns estudiosos como um dos fatores para o crescimento econômico dos países do Leste Asiático.

Ou seja: os valores fundados pela filosofia de Confúcio ajudaram esses países a se desenvolverem economicamente, devido à valorização da educação, da vivência em sociedade e outros aspectos.


A história do fundador do Confucionismo


Seu fundador, como já dito anteriormente, foi Confúcio, conhecido em mandarim como Kongzi (孔子), o qual significa “mestre Kong” ou também pode ser chamado de Kong Fuzi (孔夫子), do qual veio a forma latinizada e conhecida no ocidente. Segundo historiadores, Confúcio nasceu no ano de 551 a.C, no distrito de Zou, próximo à atual cidade de Qufu, na província de Shandong.


O que é o Confucionismo?


Existe um grande debate entre os estudiosos do Confucionismo quanto a maneira de classificá-lo. Alguns defendem que é uma religião; outros argumentam que é um sistema filosófico ético e moral. Apesar dessa falta de consenso quanto à sua natureza, o que não se pode negar é a influência que esse conjunto de ideias teve no desenvolvimento da China.

confucionismo estabelece um código de ética fundamentado nos chamados “cinco constantes”, a saber:

  • Benevolência;
  • Justiça;
  • Costumes ou ritos próprios;
  • Conhecimento e
  • Integridade.

Esses princípios foram incorporados à cultura chinesa e fazem parte do seu jeito de pensar e conduzir a própria vida. 


Dentre os cinco constantes, o principal é a benevolência, conhecida em mandarim como rén (仁), significa a boa sensação que uma pessoa virtuosa experimenta quando é altruísta. Poderia, nas palavras de Confúcio, ser exemplificado como os sentimentos protetivos dos pais em relação aos filhos. Diz a tradição que um estudante perguntara a Confúcio quais seriam as regras para ser uma pessoa benevolente, e este teria respondido com uma de suas máximas mais conhecidas:

“Não veja nada impróprio, não ouça nada impróprio, não diga nada impróprio, não faça nada impróprio”
Mestre Confúcio

Além desses princípios norteadores, Confúcio também defendia a importância dos conceitos de lealdade ao governante e respeito filial aos pais. Sobre a lealdade, Confúcio estabeleceu princípios que serviriam tanto para o governante quanto para o governado. Segundo o mesmo, o governado deveria obedecer ao seu superior por este possuir qualidades e retidão moral. Já o governante deveria garantir aos que lhe obedeciam um respeito de modo apropriado e se caso o governante não fosse competente, poderia ser destituído pelo povo.

O outro conceito muito importante para Confúcio era a piedade filial, isto é, o respeito que os filhos deveriam dar aos pais. Essa prática engloba também o respeito aos antepassados e significa, sobretudo, que o filho deveria ser obediente, cuidar e ajudar no sustento dos pais e não fazer nada que traga desonra para a família. Esse tipo de comportamento ainda é muito presente na vida das famílias.

Resumidamente, a proposta do Confucionismo seria, através da vivência desses princípios e conceitos, criar uma sociedade harmônica. Na concepção de Confúcio, para haver essa harmonia, cada pessoa teria um papel a ser desempenhado, de acordo com as relações de subordinação, cinco no total, a saber, do governante sobre o governado, do pai sobre o filho, do marido sobre a esposa, do irmão mais velho sobre o mais novo, e de um amigo sobre um amigo. Note-se que apenas nesse último caso não há uma relação de subordinação, preponderando uma relação de respeito mútuo. Essas ideias de relacionamento tiveram, todavia, uma repercussão negativa sobre as mulheres, as quais se viam sujeitadas à autoridade e tutela do marido.

A influência confucionista não se restringiu à China. No decorrer dos séculos, seus ideais, especialmente o respeito aos pais e antepassados e a valorização da educação, foram passados também para a Coreia, Japão e Vietnã, além de regiões com grandes populações chinesas, como Cingapura e Malásia. Segundo alguns economistas, a ênfase na educação propagada pelos confucionistas foi um dos fatores que levaram ao extraordinário crescimento econômico desses países nas últimas décadas.

Fonte:chinalinktrading.com/Fotos:Internet

www.chinatur.com.br

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