Uma terra de muitos vulcões
Sabia que cerca de 3/4 da superfície terrestre do Japão é montanhosa? A região de Chubu, em Honshu Central, é conhecida como o “teto do Japão”. Ela possui muitas montanhas com mais de 3 mil metros de altitude. A montanha japonesa mais alta é o Monte Fuji (3.776m), na divisa das províncias de Yamanashi e Shizuoka.
Como está no cinturão vulcânico do Pacífico, o Japão tem várias regiões vulcânicas – divididas em sete e vão do extremo norte ao sul. Do número total de vulcões, aproximadamente 80 estão ativos, incluindo: Monte Mihara, na Ilha de Izu Oshima; Monte Asama, na divisa entre as províncias de Nagano e Gunma; e Monte Aso, na província de Kumamoto.
O Japão possui aproximadamente 1/10 dos 840 vulcões ativos no mundo. O Monte Fuji tem permanecido inativo desde sua última erupção em 1707, mas pode entrar em atividade atualmente.
Mesmo que os vulcões possam causar destruição em larga escala, eles também contribuem como fonte turística incalculável. Áreas turísticas como Nikko, Hakone e a Península Izu, por exemplo, são famosas pelas suas águas termais e cenário atrativo de montanhas vulcânicas.
Clima do Japão
Uma das características do clima no Japão é que as quatro estações são muito bem definidas. Apesar de possuir território pequeno, o país é caracterizado por apresentar os quatro padrões climáticos.
Hokkaido, com seu clima subártico, apresenta uma temperatura média anual de 8ºC. O lado do Oceano Pacífico no Japão, desde a região de Tohoku no norte de Honshu até Kyushu, encontra-se na zona temperada, e seu verão é quente.
A parte do território próxima ao Mar do Japão apresenta, durante a época mais fria, tempo com muita neve e chuva, com ventos úmidos que passam pelo continente e são interrompidos pelos Alpes Centrais, antes que cheguem ao centro do Japão.
As ilhas da província de Okinawa, mais ao sul, encontram-se em área com clima subtropical e apresentam temperatura média anual de 22ºC.
1. Primavera no Japão
Quando o inverno se aproxima do seu final, a temporada de ventos frios que vêm do continente se torna mais fraca e intermitente. Nessa época, ocorre o fortalecimento dos ventos quentes, sendo o primeiro deles o haru ichiban. Enquanto anuncia a chegada da primavera mais amena, ele pode causar avalanches quando atravessam as montanhas em direção ao Mar do Japão. Além disso, são responsáveis pela oscilação de temperatura e de queimadas nessa época.
A primavera japonesa contempla os meses de março, abril e maio. No início da estação, as ameixeiras começam a desabrochar, seguidas pelos pessegueiros. Nos últimos dez dias de março, é a vez das flores das cerejeiras, o que é muito festejado pelos japoneses além de belíssimas paisagens, que proporciona; atraindo a cada ano, mais turistas, que buscam ver de perto, as belezas desta estação, no Japão.
2. Verão no Japão
Antes da chegada do clima tipicamente de verão, o Japão passa por um período bastante úmido e chuvoso, conhecido como tsuyu. De maio a julho, surge uma massa de ar fria e também uma massa de ar quente. As áreas onde as massas quentes e frias se encontram, conhecidas como baiu zensen (ou “frente chuvosa”), geralmente são responsáveis pelos prolongados períodos chuvosos e de tempestade no país.
Após meados de julho, os ventos sazonais que chegam do Oceano Pacífico trazem o calor e o ar úmido ao Japão. Isso faz a temperatura se elevar a mais de 30ºC nesse período.
3. Outono no Japão
Do fim do verão até setembro, o Japão costuma ser atingido por tufões. São fenômenos semelhantes aos furacões e ciclones em outras partes do mundo. Quando um tufão começa a ganhar forma, ele gradativamente se dirige ao norte. A cada ano, durante esse período, cerca de 30 tufões se formam.
Após meados de outubro, o Japão apresenta tempo claro; nem quente, nem frio. O país permanece com tempo bom até o início de novembro. Muitas árvores ganham as cores do outono, fazendo dessa época do ano, juntamente com o verde da primavera, uma estação realmente encantadora.
4. Inverno no Japão
Perto do fim de novembro, ventos frios começam a soprar vindos do continente. Eles são provenientes do norte e carregam a umidade sobre o Mar do Japão. Sua precipitação é em forma de chuva e neve no lado oeste do país, mas são impedidos de chegar ao leste por causa da cadeia de montanhas que corta a parte central do destino.
A região de Hokuriku – províncias de Fukui, Ishikawa, Toyama e Niigata – está de frente para o mar do Japão. Ela é separada de outras partes do país pelas altas montanhas. Além disso, essa parte do país é especialmente conhecida pelas suas fortes nevascas.
Em contraste, o lado do Oceano Pacífico geralmente apresenta tempo com céu claro durante o inverno. Em Tokyo, apesar do céu claro, a média da temperatura no inverno é de 5ºC, uma diferença de 25ºC da temperatura média do verão, que é de 30ºC.
Religião no Japão
A história da religião no Japão é marcada por um longo processo de influências e de tradições religiosas. Em contraste com a Europa, onde o cristianismo suplantou as tradições pagãs locais, a religião local – xintoísmo – continuou como parte da vida das pessoas desde os tempos mais antigos até a organização do Estado nos tempos modernos.
Quando o budismo foi introduzido no Japão no século VI, as crenças xintoístas e budistas começaram a interagir. E essa é a característica definidora da religião japonesa. O maior exemplo dessa interação é a teoria de honji suijaku, na qual o kami xintoísta foi visto como a encarnação de divindades Budistas.
O confucionismo e o taoísmo são duas outras religiões “importadas” que desempenharam um importante papel na sociedade japonesa por um período de mais de mil anos. Os preceitos confucionistas tiveram uma influência maior sobre a ética e a filosofia japonesa, no período da formação do Estado (nos séculos 6 a 9), e novamente no período Edo (1600 – 1868). Com uma influência não tão marcante como a do confucionismo, o taoísmo no Japão pode ser percebido no uso do horóscopo chinês e em crenças populares, como nas adivinhações e as “direções auspiciosas”.
Vale a pena visitar templos Budistas e Xintoístas, enquanto estiver lá. É uma viagem à parte!
O transporte no Japão
Um dos melhores transportes no Japão, e que você vai usar muito, é o trem. É possível adquirir o Japan Railways (JR Pass), que é da maior companhia de trens do Japão. Com ele, você tem acesso ilimitado a viagens em quase todos os trens da companhia (incluindo os trens-bala), alguns ônibus locais e a balsa para Miyajima, também operados pela JR.
Alguns costumes japoneses
O Japão possui costumes diferentes dos países ocidentais. Veja alguns deles:
1. Direcionar-se a alguém sempre com respeito
Curvar-se é uma forma de demonstrar respeito. Isso é ensinado pelos pais desde a infância. Para os turistas, é de bom tom inclinar levemente a cabeça e não estender a mão para cumprimentar os japoneses.
2. Maneiras à mesa
Sentando à mesa para um jantar, após ser servido de uma bebida, só a consuma depois de alguém discursar e fazer um brinde (Kampai). Além disso, um pequeno pano molhado é oferecido na maioria dos restaurantes japoneses. É para limpar as mãos antes de comer e não deve ser utilizado como guardanapo. Fazer barulho ao saborear uma sopa de macarrão não é falta de educação, é sinal de apreciação ao sabor e à comida.
3. Sem Gorjetas
Não se dá gorjeta em nenhuma situação no Japão; seja em táxis, restaurantes ou hotéis. Dar gorjeta significa é um insulto.
4. Hashi
Restaurantes mais tradicionais só oferecem hashi – os famosos “pauzinhos japoneses”.
5. Sapatos dentro de casa
Japoneses tiram os sapatos na entrada para todas as casas. Na maioria das empresas e hotéis, isso também ocorre, e há um par de chinelos disponível para visitantes.
6. Máscaras
A realidade atual e mundial do uso de máscaras esterilizadas, é prática comum entre os japoneses há muito tempo, a fim de proteger outras pessoas contra germes.
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