O Butão, reino budista no extremo leste do Himalaia, é conhecido por seus mosteiros, suas fortalezas (ou dzongs) e suas paisagens impressionantes que incluem desde planícies subtropicais até montanhas íngremes e vales.
No Alto Himalaia, picos como o Jomolhari, de 7.326 m de altitude, são destinos bastante procurados para trilhas.
O mosteiro de Taktsang (também conhecido como Ninho do Tigre) fica nos penhascos acima do Vale de Paro.
O Butão é um país bastante sustentável. A um passo de se tornar a primeira nação totalmente orgânica, o país também foi pioneiro a apresentar uma pegada de carbono negativa. Isso porque suas florestas cobrem 72% de seu território absorvendo três vezes mais dióxido de carbono do que produz. Esta é uma situação única no mundo – e não é a única.
O turismo no Butão também é considerado singular, uma vez que o país possui uma restrita e com regulamentações específicas para os visitantes. Os turistas que entram no país, por exemplo, devem fazê-lo por meio de uma operadora de turismo, além de pagar uma taxa diária de 250 dólares. Esta medida, apesar de não agradar grande parte dos viajantes, reduz o turismo massivo. Isso faz com que o país não fique lotado e suas belezas naturais permaneçam protegidas.
Natureza e religião em sintonia
Em decorrência de suas políticas para um turismo de menor impacto, o Butão oferece aos viajantes paisagens deslumbrantes e praticamente intocadas. São montanhas e colinas repletas de mosteiros e uma atmosfera de paz por todos os lados.
Aliás, o povo no Butão prioriza suas raízes budistas. De acordo com a publicação que o elegeu como melhor destino para viajar em 2020, ao mesmo tempo que o país mantém suas tradições também abraça os novos desenvolvimentos. Isso faz com que as gerações permaneçam unidas e ainda em sintonia com o meio ambiente.
Butão: o país mais feliz do mundo
O Butão também é considerado o “país mais feliz do mundo”.
Isso porque implementou um índice chamado “Felicidade Interna Bruta”, onde a felicidade e a simplicidade ganham mais importantes que o dinheiro.
Natureza
Mais de 70% do território do país é totalmente preservado. Incrustrado nos Himalayas, as paisagens tendem a ser sempre algo de tirar o fôlego. Rios de águas limpas e transparentes, montanhas imensas com picos nevados (o Butão tem algumas montanhas com mais de 7 mil metros), florestas habitadas por animais que até algumas décadas atrás eram tidos como “mitos”, como o caso do Tákin que vive em altitudes acima dos 4 mil metros. O estranho animal nacional que lembra uma mistura de um alce com um búfalo ou ainda o panda vermelho, que pode ser visto nas árvores em lugares mais isolados.
Festivais e Cultura
Todas as províncias do país organizam festivais culturais, onde danças e músicas típicas e únicas do Butão são celebradas. Estes festivais acontecem em datas diferentes espalhados por todo o território. O início do mês de outubro, por exemplo, recebe uma explosão de turistas (na maioria europeus e os vizinhos chineses) para ver o festival de Thimphu, a capital, um dos mais importantes e maiores do país e que acontece literalmente ao lado da casa do rei e da rainha.
O festival é gratuito e oferecido a toda a população e também aos turistas que são recebidos com respeito (e que, acredito, devem também respeitar os costumes locais vestindo-se de acordo para as cerimônias). Em geral, as apresentações acontecem nas fortalezas ou templos. São comuns danças e cantos.
O maior Buda do mundo com mais de 60m de altura fica acima da cidade de Thimphu – a capital do Butão
A comida no país é cheia de simbolismos e temperos. O arroz está presente em toda a refeição (inclusive no café da manhã) em suas diversas variedades, como o branco e também o arroz vermelho típico do país. Os locais comem com as mãos muitas vezes, seguindo costumes parecidos com a Índia, onde jamais se toca a comida com a mão esquerda, apenas com a direita.
Ocidentais sempre recebem garfos, facas e colheres, portanto, se não quiser se aventurar, não se preocupe. Para os menos aventureiros, pratos como o Ima-Datsi (pimentas cozidas com queijo) podem ser picantes, mas são bastante saborosos e depois de quatro dias comendo isso, provavelmente nem vai suar mais.
O Kewa Datsi é uma versão bem menos apimentada feita com batatas, pimenta e queijo. Outra curiosidade vem dos brotos de samambaia refogados – Nakay Tshoem – que também são um prato comum no interior de Minas Gerais no Brasil. Mômos são bolinhos de massa cozidos no vapor (assim como os Gyozas nos restaurantes japoneses) e deliciosos, acompanhando uma bela cerveja Butanesa – Red Panda ou ainda a Druk 11,000 (que tem 8% de álcool).
Fonte: nomadesdigitais.com/
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