As exportações do Brasil para a China quase duplicaram nos primeiros dois meses do ano em relação ao mesmo período em 2016, disse o governo na sexta-feira.
O valor das exportações do Brasil à China saltou 94,3%, impulsionando por uma subida dos preços de matérias-primas como petróleo e ferro, disse o Ministério da Indústria e Comércio Exterior.
Em janeiro e fevereiro, as exportações trouxeram US$ 6,246 bilhões, principalmente nas vendas de petróleo e ferro, soja, polpa de madeira e carne bovina.
"A China tem uma demanda fixa por ferro e soja. O aumento no valor de exportações do Brasil apenas reflete o aumento no preço de commodities no mercado internacional", disse à Xinhua Alberto Pfeifer, consultor econômico do Instituto para Estudos Mais Altos da Universidade de São Paulo.
Enquanto "esse aumento em commodities é muito benéfico para o Brasil", disse Pfeifer, em geral "nós podemos caracterizar as exportações brasileiras como medíocres, porque elas têm sido incapazes de se recuperar no segmento de produtos de valor agregado, como produtos fabricados e industriais."
Na realidade, petróleo, ferro e soja representaram 77% das exportações brasileiras totais para a China.
Os dados da pasta também confirmaram a China como o destino principal do mundo para as exportações do Brasil, esteve muito à frente do país no segundo lugar--os Estados Unidos, que importaram US$ 1,896 bilhão de commodities brasileiros no mesmo período.
"É muito positivo para o Brasil continuar a reforçar seus laços comerciais com a China, até à data, porque o mundo vai se voltar para a China nos próximos 50 ou talvez 100 anos", disse Pfeifer.
A China também é o principal mercado de destino para os produtos agrícolas brasileiros, recebendo 23,9% de remessas do Brasil em fevereiro, um crescimento de cerca de 9% em relação ao mesmo período do ano passado devido a mais exportações de soja.
Fonte: Agência Xinhua
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