Nem parece que estamos do outro lado do planeta.
Construções antigas com azulejos brancos e azuis na fachada, becos estreitos que cortam ruas do centro histórico e placas que carregam nomes em português. Macau não economiza nas imagens e experiências que fazem a gente se sentir em um povoado de Portugal ou em algum destino histórico brasileiro de passado colonial.
Antiga colônia portuguesa, a cidade se tornou uma Região Administrativa Especial da China, em 1999. E desde então, Macau é uma curiosa mistura de Ocidente com Oriente, onde a comida chinesa ganha concorrentes como o pastel de nata português e igrejas católicas dividem o mesmo endereço com templos budistas.
Dizem até que Luís de Camões teria escrito poemas em Macau, durante sua estadia por lá, em 1557.
O português, assim como o chinês, é a língua oficial, mas, raramente, você conseguirá colocá-lo em prática, exceto com moradores mais antigos e em letreiros de estabelecimentos comerciais, onde lavanderia, por exemplo, é chamada de ‘local de distribuição e recolha das roupas’.
Com apenas 30,4 km², Macau é formada pela Península de Macau, Taipa, Coloane e pela zona do Aterro do COTAI e, definitivamente, é a versão menos óbvia do continente asiático.
Patrimônio Mundial
Largo de Santo Agostinho, Santa Casa da Misericórdia e Ruínas de São Paulo. Eis algumas das construções, com nome oficial em português e tudo, que fazem partem do centro histórico de Macau, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, desde 2005.
Destaques para as populares Ruínas de S. Paulo, onde é possível ver a fachada da antiga Igreja da Madre de Deus, do início do século XVII; e o Largo do Lilau, um dos primeiros bairros residenciais portugueses de Macau.
Templos
O animismo, taoismo e budismo são as crenças religiosas que dão os tons nos belos templos de Macau. E é só entrar no primeiro para querer visitar todos os outros.
Destaque para o Templo de A-Má, conjunto de pavilhões que é considerado a construção mais antiga de Macau e que homenageia a deusa taoista A-Má.
Base da economia macaense, as casas de azar são a principal atração turística de Macau.
Só pelos títulos já dá para ter uma ideia do que isso significa.
Macau é considerada a ‘Las Vegas da Ásia’ e ‘o principal destino de jogos de azar do Oriente’, onde vive dias de glória sob luzes de neon, imensos salões aveludados e máquinas de jogos.
Segundo dados da DICJ (Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau), o destino abriga 41 cassinos, cujas apostas e faturamento já superaram os de Las Vegas.
Esportes radicais
Macau não é aquele típico destino asiático marcado por extensas áreas verdes para a prática de esportes, mas a Torre de Macau, uma construção de 338 metros de altura, pode ser a alternativa (radical) em terras chinesas.
O sul de Macau, ligado à península por pontes suspensas, abriga ilhas como Taipa, uma espécie de ilha-resort com centros de entretenimento e hotéis; e Coloane, um refúgio tranquilo com templos e até praias, como Cheoc Van e Hác-Sá.
Gastronomia
Esqueça aquelas imagens clichês sobre a culinária chinesa dos espetinhos exóticos e das carnes gordurosas.
Os anos de presença portuguesa em Macau deixaram marcas não só na língua e na arquitetura como também na gastronomia. É possível encontrar, sem muito esforço, pratos como bacalhau, sardinhas, caldo verde e (claro) os clássicos pastéis de nata.
Inscrita na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial de Macau, a gastronomia local combina ingredientes de Portugal, da Índia e do Sudeste Asiático, além do continente africano.
Os pratos mais famosos são os camarões picantes à macaense e a galinha à africana.
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