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quarta-feira, 5 de maio de 2021

Macau: a Ásia com legendas em português

 


Nem parece que estamos do outro lado do planeta.

Construções antigas com azulejos brancos e azuis na fachada, becos estreitos que cortam ruas do centro histórico e placas que carregam nomes em português. Macau não economiza nas imagens e experiências que fazem a gente se sentir em um povoado de Portugal ou em algum destino histórico brasileiro de passado colonial.


Antiga colônia portuguesa, a cidade se tornou uma Região Administrativa Especial da China, em 1999. E desde então, Macau é uma curiosa mistura de Ocidente com Oriente, onde a comida chinesa ganha concorrentes como o pastel de nata português e igrejas católicas dividem o mesmo endereço com templos budistas.

Dizem até que Luís de Camões teria escrito poemas em Macau, durante sua estadia por lá, em 1557.


O português, assim como o chinês, é a língua oficial, mas, raramente, você conseguirá colocá-lo em prática, exceto com moradores mais antigos e em letreiros de estabelecimentos comerciais, onde lavanderia, por exemplo, é chamada de ‘local de distribuição e recolha das roupas’.


Com apenas 30,4 km², Macau é formada pela Península de Macau, Taipa, Coloane e pela zona do Aterro do COTAI e, definitivamente, é a versão menos óbvia do continente asiático.


Patrimônio Mundial

Largo de Santo Agostinho, Santa Casa da Misericórdia e Ruínas de São Paulo. Eis algumas das construções, com nome oficial em português e tudo, que fazem partem do centro histórico de Macau, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, desde 2005.

Ruínas de São Paulo, em Macau, no sul da China (foto: Eduardo Vessoni)

Destaques para as populares Ruínas de S. Paulo, onde é possível ver a fachada da antiga Igreja da Madre de Deus, do início do século XVII; e o Largo do Lilau, um dos primeiros bairros residenciais portugueses de Macau.


Templos

O animismo, taoismo e budismo são as crenças religiosas que dão os tons nos belos templos de Macau. E é só entrar no primeiro para querer visitar todos os outros.

Destaque para o Templo de A-Má, conjunto de pavilhões que é considerado a construção mais antiga de Macau e que homenageia a deusa taoista A-Má.


Templo de A-Má, em Macau (foto: Eduardo Vessoni)

Patrimônio Mundial

Ruínas de São Paulo, em Macau, no sul da China (foto: Eduardo Vessoni)


Cassinos

Base da economia macaense, as casas de azar são a principal atração turística de Macau.

Só pelos títulos já dá para ter uma ideia do que isso significa.

Macau é considerada a ‘Las Vegas da Ásia’ e ‘o principal destino de jogos de azar do Oriente’, onde vive dias de glória sob luzes de neon, imensos salões aveludados e máquinas de jogos.

Setor de cassinos de Macau, no sul da China (foto: Eduardo Vessoni)

Segundo dados da DICJ (Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau), o destino abriga 41 cassinos, cujas apostas e faturamento já superaram os de Las Vegas.

Esportes radicais
Macau não é aquele típico destino asiático marcado por extensas áreas verdes para a prática de esportes, mas a Torre de Macau, uma construção de 338 metros de altura, pode ser a alternativa (radical) em terras chinesas.

Skywalk na Torre de Macau (foto: ajhackett.com/Divulgação)

É ali que acontecem atividades como o bungee jump a 233 metros que entrou para a lista dos mais altos do Guinness Book; o skywalk, em que se caminha pelo lado de fora da torre; e a Tower Climb, escalada em que é possível chegar até o topo do ponto mais alto de Macau, a 338 metros de altura. 

Ilhas

O sul de Macau, ligado à península por pontes suspensas, abriga ilhas como Taipa, uma espécie de ilha-resort com centros de entretenimento e hotéis; e Coloane, um refúgio tranquilo com templos e até praias, como Cheoc Van e Hác-Sá.

Shopping The Venetian, em Macau (foto: venetianmacao.com/Reprodução)

Um dos destaques de Taipa é o inusitado The Grand Canal Shoppes, complexo de compras que abriga em seu interior a réplica de canais de Veneza, com direito a passeios em gôndolas, conduzidas por chineses que cantam, supostamente, em italiano.

Gastronomia
Esqueça aquelas imagens clichês sobre a culinária chinesa dos espetinhos exóticos e das carnes gordurosas.

Os anos de presença portuguesa em Macau deixaram marcas não só na língua e na arquitetura como também na gastronomia. É possível encontrar, sem muito esforço, pratos como bacalhau, sardinhas, caldo verde e (claro) os clássicos pastéis de nata.

Pasteis de nata no centro histórico de Macau, no sul daChina (foto: Eduardo Vessoni)

Baseando-se na cozinha portuguesa, combinando as especiarias e ingredientes de África, Sudeste Asiático e Índia – como por exemplo caril, leite de coco, cravo e canela – e usando técnicas de confecção chinesas, surgiu a deliciosa comida macaense caracterizada pela fusão de aromas e sabores, e reconhecida hoje em dia como única.

Inscrita na Lista do Patrimônio Cultural Imaterial de Macau, a gastronomia local combina ingredientes de Portugal, da Índia e do Sudeste Asiático, além do continente africano.

Os pratos mais famosos são os camarões picantes à macaense e a galinha à africana.


A China ficou na 4ª posição dos países mais visitados do mundo, no ranking divulgado pela Organização Mundial de Turismo da ONU. Na foto abaixo, Largo do Senado, no centro histórico de Macau, região autônoma da China continental
 (foto: Eduardo Vessoni)


Fonte: viagemempauta.com.br


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