O Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento Futuro da Cooperação
entre o Brasil e a China realizado na
capital chinesa terminou
com a assinatura de um acordo de cooperação entre a Faculdades de
Campinas (FACAMP) e o Centro de Estudos dos Países de Língua Portuguesa
(CEPLP) do Instituto de Estudos Regionais da Universidade de Economia e
Negócios Internacionais (UIBE, em inglês).
O acordo tem efeito imediato e
prevê o intercâmbio de alunos e professores entre as duas instituições
de ensino superior do Brasil e da China.
Wang Cheng’an (esq.), ex-Secretário-Geral
do Fórum Macau e Rodrigo Sabbatini (dir.), diretor da Faculdades de
Campinas, assinam acordo de cooperação entre UIBE e FACAMP em
09.out.2015. Foto: Diário do Povo Online
O seminário, organizado em conjunto pelo CEPLP-UIBE, FACAMP e Centro de
Estudos dos Países Brics da Universidade Fudan e co-organizado pelo
Clube do Livro Brasil-China, contou com a participação de diplomatas dos
dois países, especialistas da Academia Chinesa de Ciências Sociais e do
Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, além de
professores e alunos brasileiros e chineses.
Participantes do Seminário Internacional
que debateu o Desenvolvimento Futuro das Relações Brasil-China
apresentam seus pontos de vista. Foto: Diário do Povo Online
O seminário debateu temas importantes como a forma como o Brasil e a
China olham para o desenvolvimento futuro do Brics, a crise brasileira e
o Acordo de Parceria Econômica Estratégica Trans-Pacífico (TPP, em
inglês). Referindo-se ao Brasil, Zhou Zhiwei, diretor executivo do
Centro de Estudos Brasileiros da Academia Chinesa de Ciências Sociais,
levantou cinco questões centrais:
1) Como está o cenário econômico e
social no Brasil?
2) Quais as dificuldades que o Brasil enfrenta?
3) Qual a
saída para o contexto atual do Brasil?
4)Quais impactos as alterações no
Brasil podem ter para as relações sino-brasileiras e,
5) Qual o futuro
das relações Brasil-China?
O professor brasileiro Rodrigo Sabbatini, especialista em economia
industrial e coordenador de graduação do curso de economia da FACAMP,
respondeu às perguntas explicando o quadro de crise econômica e política
no país e apontando que
alguns possíveis caminhos para o Brasil sair da
crise poderiam ser o estreitamento da parceria do Brasil com os países
do Brics, a reforma do sistema político brasileiro - especialmente o
financiamento das campanhas eleitorais – e um papel mais ativo do Estado
como indutor dos investimentos. O Prof. Sabbatini também deixou claro
que
a crise econômica e política no Brasil são de caráter estrutural e
que as relações China-Brasil não serão impactadas pela crise. Para ele, o
futuro das relações sino-brasileiras é muito promissor.
Por sua vez, o Dr. Wang Qingyuan, ex-Ministro-Conselheiro Econômico e
Comercial da Embaixada da China no Brasil, afirmou que as relações
econômico-comerciais entre os países do Brics são de extrema importância
e
sugeriu que o Brasil e a China aproveitem melhor a cooperação entre
os dois países para promover a atualização da indústria nestes países e
cooperem ainda mais nas áreas de ciência e tecnologia e no setor
financeiro.
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UIBE |
A UIBE é uma das universidades de economia mais importantes da China e
destacado centro de pesquisas nas áreas de finança, economia,
administração, comércio e ensino da língua chines
a. A universidade é
também um dos destinos mais procurados por alunos estrangeiros para se
estudar em Pequim. Por sua vez, a FACAMP é uma instituição brasileira
particular localizada na cidade de Campinas (SP) e tem se destacado no
país pela formação de qualidade dos seus alunos à partir de um projeto
pedagógico diferenciado.
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