Peça decorativa de artesanato, o nó chinês entrelaça uma única corda de forma intrincada e simbólica.
A arte chinesa de fazer nós, remonta a tempos muito antigos. No passado, as pessoas usavam nós amarrados para produzir registros de suas vidas. O tamanho e a forma desses nós indicavam o sentido e a natureza de cada evento.
Mais tarde, os nós passaram a fazer parte do vestuário. Antes da invenção do ziper e de sua introdução na China, as pessoas prendiam suas roupas com cordas. Era costume deixar pender do cinto uma fita bem ornamentada, em cuja extremidade ficava balançando um selo pessoal.
Arte Milenar chinesa, os nós continuam populares: abaixo, um nó utilizado na celebração do Ano-Novo.
Inspiração Budista
O nó chinês foi emprestado da imagem budista do Nó Eterno, simétrico em todas as direções, e não faz distinção entre seu início e seu fim. Uma corda, entrelaçada e trançada de diversas maneiras intrincadas, pode gerar uma variedade caleidoscópica de peças artesanais à base de nós, que lembram moedas antigas, o caractere chinês para a felicidade, a pipa (um instrumento musical de cordas) ou um morcego (em chinês, a palavra que indica esse animal é homófona da palavra para a "felicidade").
Por mais complicado que seja um nó, ele é formado sempre por uma única corda. Isso corresponde ao verso budista "pode haver dez mil caminhos, mas todos conduzem à única verdade". Na língua chinesa , "nó" com frequência é associado a "vínculo", o que se justifica perfeitamente.
Tradição cultivada
O nó chinês tem inúmeras aplicações na vida cotidiana na China. É usado com frequência na decoração de paredes e em aplicações nais delicadas, como joias.
A renovada popularidade do nó chinês nos tempo atuais atesta o carisma atemporal tradicional do país. O vínculo inerente com a estética tradicional é como uma semente no coração de cada chinês, ganhando vida e florescendo em qualquer época.
Fonte: China Hoje
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