Representada no Brasil pelo Yakissoba, o frango xadrez e o rolinho primavera, a culinária da China traz uma variedade muito mais extensa. São mais de cinco mil pratos preparados por técnicas diversas, acompanhadas de muito misticismo.
A terra do Mandarim e da Muralha é também conhecida por ser a mais populosa do mundo: sozinha, a China abriga 1,36 bilhão de pessoas, o que corresponde a quase um quinto da população total do planeta, espalhadas por quase 10 milhões de km2. Essa imensidão se reflete na gastronomia do país. Estima-se que existam mais de cinco mil tipos de pratos na culinária chinesa, uma herança muito clara desses dois fatores: o crescimento da população e a conquista de territórios. Incorporando as diferentes culturas e gostos, nasce a diversidade que só se encontra nessa culinária. Por lá, o ato de comer é tão importante e sagrado que há até mesmo provérbios que exaltam esse momento do dia.
Os chineses acreditam também que os alimentos possuem energia própria e transmitem isso ao cozinheiro, que precisa de muita cautela ao manuseá-lo. Algumas técnicas usadas ao longo do processo ajudam a conservar mais valores nutricionais que as comidas carregam. Uma delas é a utilização da panela wok. Por suportar altíssimas temperaturas (até 450°C), a cocção do alimento é extremamente rápida e garante alguns tipos de texturas e crocâncias que não seriam adquiridas de outras formas. Ao mesmo tempo, a técnica é extremamente minuciosa e exige prática – até pelo peso do objeto, evitando que os ingredientes queimem e percam suas vitaminas vitais.
Um dos pratos de origem chinesa mais reconhecido em todo o mundo é o macarrão de sobá, que pode ser frito ou não, acrecido de legumes e verduras, com ou sem carne. Foram os imigrantes que trouxeram essa novidade para os brasileiros, mas pela dificuldade em encontrar o macarrão, muitos reproduzem a receita com lámen cozido.
Yakisoba
A medicina acaba cruzando com a culinária justamente por ambas serem milenares. Há livros e segmentos da profissão por lá que defendem a nutrição como primeiro canal de cura, e o remédio como um interventor caso a primeira não funcione. A lista de produtos é extensa, mas dentre eles figura-se muito variados tipos de chás, ervas, e até flores comestíveis. Vinhos, restrições alimentares e legumes também apresentam certa eficácia.
Momento de compartilhar
Os chineses cultuam a ideia de que a refeição é um momento de compartilhar, de dividir vários pratos distintos para todos comerem um pouco de cada. Assim é possível que uma família com diferentes tipos de paladares permaneça junta na hora neste ritual, utilizando a culinária como um elo entre os seres humanos. A ideia é que todas as pessoas, independente de seus gostos e hábitos alimentares, possam sentar à mesa e comerem juntas.
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