China passou de país devastado pela guerra à segunda maior economia do mundo.
A China celebra nesta semana os 70 anos da revolução que colocou o Partido Comunista no poder. No dia 1º de outubro de 1949, era fundada a República Popular da China (RPC), que anos mais tarde se tornou uma potência econômica capaz de brigar com os Estados Unidos.
Com o aniversário, a RPC ultrapassa em um ano o tempo de existência da União Soviética e o Partido Comunista se torna o segundo partido há mais tempo no poder, atrás somente do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
Para comemorar, o governo organizou um gigantesco desfile militar na capital Pequim, liderado pelo presidente Xi Jinping e marcado para as últimas horas desta segunda-feira 30, pelo horário de Brasília. O evento contou com cerca de 15.000 funcionários e centenas de aeronaves e peças do arsenal militar.
Com o aniversário, a RPC ultrapassa em um ano o tempo de existência da União Soviética e o Partido Comunista se torna o segundo partido há mais tempo no poder, atrás somente do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
Para comemorar, o governo organizou um gigantesco desfile militar na capital Pequim, liderado pelo presidente Xi Jinping e marcado para as últimas horas desta segunda-feira 30, pelo horário de Brasília. O evento contou com cerca de 15.000 funcionários e centenas de aeronaves e peças do arsenal militar.
O desfile com aparatos militares modernos busca lembrar como o país passou de um território devastado pela ocupação japonesa, com 90% da população vivendo no campo, para tornar-se 60% urbano e a segunda maior economia do planeta.
Na última sexta-feira 27, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi disse que, nas últimas sete décadas, 850 milhões de chineses foram retirados da pobreza e que centenas de milhares ingressaram na classe média.
Parte do que tornou a China uma potência no século XXI foram as mudanças lideradas por Deng Xiaoping há 40 anos, que colocaram o país em um modelo econômico único, chamado de “economia socialista de mercado”.
Hoje, o governo de Xi Jinping, que reforçou o controle da mídia estatal e construiu um novo culto em torno dos símbolos de Estado, tenta manter o crescimento da nação. Em 2019, o país sofre com os efeitos da guerra comercial travada com os Estados Unidos, na qual ambos atuam sobretaxando milhões de dólares em produtos dos rivais. As consequências internas já são sentidas, com o crescimento da produção industrial em agosto subindo 4,4%, o ritmo mais fraco em mais de 17 anos.
Politicamente, o país também sofre com os protesto de Hong Kong, que acontecem ininterruptamente há mais de três meses, na pior crise com a ex-colônia britânica desde seu retorno à China em 1997. Em 9 de junho, mais de um milhão cidadãos da ilha, que gozam de autonomia em relação ao governo central chinês, foram às ruas protestar contra uma lei do governo local que autorizaria extradições para a China continental.
As crises internas e externas acontecem enquanto a China tenta expandir sua “nova Rota da Seda”, batizada de “Iniciativa Belt and Road”. O projeto foi lançado em 2013 para investir mais de 1 trilhão de dólares em infraestrutura na Ásia, Europa, Oriente Médio e África e tornar a China uma força de influência no Oriente.
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