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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Se Beijing é o presente, Xian é o passado, Shanghai é o futuro da China.

 


Uma cidade que cresceu com a proximidade com o Ocidente, tem uma feição europeia. Mas pense em Nova York , Chicago ou Londres, para ver que nada no Ocidente se equipara ao que está acontecendo na China. Prepare-se para uma modernidade vertiginosa e alucinante.


Em Shanghai tudo começou com a derrota para a Inglaterra nas Guerras do Ópio em 1840 e 60, quando os britânicos atacaram por serem impedidos de vender o ópio, produzido na Índia, em território chinês!


Venceram a guerra e a partir daí ganharam direito de comércio livre em vários portos em território chinês, Hong Kong e Shanghai começaram a se desenvolver . Os franceses vieram no embalo e também receberam seu quinhão. 

Hong Kong só em 1989 foi devolvida pelos ingleses e a Macau portuguesa foi a última colônia na Ásia. Shanghai é muito jovem para padrões chineses , foi a partir dos anos 1990 que a cidade explodiu em modernidade.


Pudong, o bairro de espigões que é o skyline visto do calçadão à beira rio, até vinte anos atrás era um grande arrozal. Hoje tem os prédios mais altos e tecnológicos do mundo.


Mas é no Bund, bairro tradicional europeu, que mora a aristocracia e a tradição, com uma arquitetura art deco , é ponto obrigatório ao fim da tarde para ver as luzes de Pudong se acendendo.

Caminhar pelo calçadão repleto de tulipas na primavera e ver o “vai e vem” é um lindo programa. Os melhores e mais tradicionais hotéis estão localizados nesta faixa estreita, Peninsula, Fairmont , Hyatt e outros exibem belos balcões e rooftops exclusivos para o happy hour, enquanto os pedestres enchem as ruas ao entardecer.


Do Rio Pu parte a Nanjing St., rua de comércio mais movimentada que leva até Praça do Povo, marco zero de Shanghai.


Este colosso arquitetônico tem um museu para contar a sua saga: Museu da Planificação Urbana. Didático e divertido com um filme em 4D e uma imensa maquete, ótimo como ponto de partida para entender a urbanização da cidade.


Do outro lado da mesma praça fica o Museu de Arte de Shanghai, compacto mostra a indumentária das principais etnias, trabalhos em jade, cerâmicas e porcelanas! Não deixem de passar na lojinha do museu, é completa e bem garimpada.


Dois bairros , antigas regiões da Concessão Francesa, são imperdíveis, cada um de seu jeitinho!

Xitiandi é fancy e glamoroso, ótimos restaurantes, lojas de grife e uma vida noturna pulsante. Abriga a turma artsy e ligada nas últimas tendências da moda. 


Tianzifang era a zona mais simples da concessão francesa e hoje suas ruelas estreitas formam uma miríade de lojinhas charmosas, comidinhas gostosas e muitos turistas. Vale muito se perder pelos becos com roupas penduradas nas janelas, lojas de fotografias, os famosos cremes que deixam as peles das chinesas como porcelana, bijuterias e moda de vanguarda.


A comida é um capítulo à parte.  Exótica na medida e na mistura dos agri-doces e salgados, porco e galinha se confundem em sabores, os picantes são neutralizados com muito arroz e até a alface é cozida na culinária chinesa, avessa aos pratos crus! Um contraste com os vizinhos japoneses.


Maior sucesso são os dumplings, ou dim sum,  pequenos bolinhos de massa de arroz cozidos que são maravilhosos com seu milhares de recheios diferentes. 

No quesito visitas turísticas o Templo budista Longhe , é lindo e belíssimamente conservado.


O Jardim Yu, no bairro mais tradicionalmente chinês, é um bom exemplo do cuidado e superstições com os elementos da natureza. Tudo tem seu motivo e local exato. Em volta mais uma região de comercio que vale um passeio.


Há apenas 30 minutos de trem bala de Shanghai, chega-se a Suzhou. Uma “pequena” cidade chinesa de 7 milhões de habitantes, é cercada de canais que guardam um clima nostálgico em vielas repletas de lanternas vermelhas. Uma região valorizada por seu clima ameno desde os antigos imperadores. Aqui também se pode visitar vários jardins tradicionais. Seria a quintessência da tradição chinesa.

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